Entenda o motivo que faz a nova regra de teto salarial limitar as franquias da NBA
A nova regra salarial da NBA imposta no ano passado limita as franquias de fazer maiores investimentos. O acordo faz parte do CBA (acordo coletivo de trabalho). Os limites impostos pela liga estão bem acima do imposto de luxo. O que ultrapassam o primeiro e o segundo apron são os mais atingidos.
Essa nova regra teve impacto imediato. O Golden State Warriors, por exemplo, viu Klay Thompson sair na agencia livre para o Dallas Mavericks. Já o Los Angeles Clippers perdeu Paul George por não conseguir oferecer o mesmo que o Philadelphia 76ers, por exemplo.
Por outro lado, se alguns tem restrições, outros tem mais espaço e começaram a distribuir contratos curtos e inflacionados para atingir o piso salarial (que corresponde a 90% do teto salarial). Foi o caso do Pacers com Bruce Brown, na última temporada, e o Detroit Pistons com Tobias Harris, nesta offseason.
O portal Bleacher Report trouxe um panorama de como funciona melhor essa regra, com os seus objetivos, e como as franquias da NBA lideram com ela.
“Alguns desprezam as novas regras, mas muitos não dedicaram tempo para estudá-las completamente. O objetivo geral é garantir que a liga e os jogadores dividam a Renda Relacionada ao Basquete (BRI) anual em cerca de 50% a cada temporada. Esse não foi o caso na temporada passada. Os salários das equipes eram muito altos, então os jogadores desistiram de quase 5,3% de seus contratos para fechar o ano.”
O site aponta que esse novo sistema pode levar alguns anos para verificar se ele foi benéfico para a maioria dos times ou não. O certo é que, neste momento, há uma limitação nos investimentos.
“O novo sistema pode levar alguns anos para se provar, mas não há dúvida de que as regras limitam as equipes da NBA. Os remanescentes do CBA anterior que acionam o primeiro apron (US$ 178,1 milhões) incluem a contratação de jogadores por meio da Exceção de Nível Médio Não Contribuinte (NTMLE), Exceção Semestral (BAE) ou sign-and-trade. Novos gatilhos incluem o uso de exceções de jogadores negociados preexistentes (da temporada anterior) e trazer de volta mais salário do que o enviado (por meio da Exceção de Jogador Trocado Estendido ou ETPE), entre outros.”
Por fim, o BR também explica como segundo apron da NBA.
“O segundo avental mais recente (US$ 188,9 milhões) é acionado quando uma equipe contrata um jogador com a Exceção de Nível Médio do Contribuinte (TMLE) ou, por meio de troca, agrega jogadores ou envia dinheiro. Embora uma franquia possa enviar um jogador por meio de sign-and-trade (como o Minnesota Timberwolves com Kyle Anderson), ele só aciona um limite rígido de segundo avental apenas ao receber alguém de volta em troca, o que Minnesota optou por não fazer”.
Continuando nesta linha, a temporada 2024-25 da NBA deve ter um limite máximo nos gastos por parte de várias franquias e certamente muda a estrutura financeira da competição.