Em uma das maiores zebras da história do esporte, a Argentina derrotou os Estados Unidos na semifinal do torneio de basquete dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia. Apesar de contar com diversas estrelas da NBA, os norte-americanos foram surpreendidos pelo ótimo jogo coletivo dos hermanos.
Entre os principais nomes do elenco dos Estados Unidos estavam Allen Iverson e Tim Duncan, que já tinham sido eleitos MVP do melhor basquete do mundo, além dos jovens LeBron James, Carmelo Anthony e Dwyane Wade.
Pelo lado argentino, os grandes destaques eram Manu Ginóbili, que atuava no San Antonio Spurs desde 1999, Luis Scola, selecionado pelo Houston Rockets e Carlos Delfino, que ainda não estava na NBA, mas havia sido escolhido pelo Detroit Pistons no Draft. No total, foram oito jogadores daquele elenco que atuaram no melhor basquete do mundo até o final de suas carreiras.
Porém, a “Geração Dourada” da Argentina tinha características essenciais para conseguir o resultado inédito: Entrega, dedicação e vontade de entrar para a história.
Contando com uma grande atuação de Ginóbili, que marcou 29 pontos, com um aproveitamento de 9-13 em arremessos de quadra e 4-6 nas bolas de três pontos, a Argentina ainda teve Nocioni e Scola em tardes inspiradas, especialmente na defesa para superar o estrelado elenco norte-americano e carimbar o passaporte para a grande decisão.
No dia seguinte, a equipe comandada por Rúben Magnano ainda venceu a Itália por 15 pontos de diferença e garantiu a medalha de ouro inédita. Porém, o jogo que não sai da memória do argentinos até os dias atuais é a semifinal contra os norte-americanos.