Demissão surpreendeu muita gente na NBA e Steve Kerr lamentou
No início desta semana, o Milwaukee Bucks optou por uma decisão peculiar. Apesar de registrar 30 vitórias em 43 jogos nesta temporada, a equipe escolheu demitir o treinador Adrian Griffin. Essa notícia trouxe uma sensação de tristeza, mas não surpreendeu seus colegas de profissão. Para Steve Kerr, a saída do treinador dos Bucks é um reflexo das desafiadoras condições de trabalho nos bastidores do basquete.
“Eu fiquei sabendo da demissão de Adrian há pouco e, em primeiro lugar, sempre vai ser um pouco surpreendente. Ver alguém ser demitido com o recorde de Milwaukee precisa ser uma surpresa. Mas nós já vimos isso. Lembro que mandaram embora David Blatt no Cavaliers em uma situação semelhante há uns oito anos. Para resumir, essa é uma liga bem difícil para os técnicos”, lamentou o comandante do Warriors.
A NBA pode não ser equivalente ao futebol brasileiro, mas, sem dúvida, testemunhamos um considerável aumento no volume de mudanças nos bastidores nos últimos anos. Estudos indicam que é a liga esportiva com o maior número de demissões de treinadores entre as principais ligas dos EUA. A tolerância e paciência em relação aos treinadores parecem diminuir. No entanto, Steve Kerr acredita que Adrian Griffin terá em breve uma nova oportunidade, mais justa, à sua frente.
“Os treinadores têm um trabalho complicado porque não existe segurança no cargo por aqui. O alento é que Adrian é um cara muito respeitado ao redor da liga e, por isso, vai conseguir outra oportunidade em breve. Ele tem muito conhecimento e histórico nesse esporte. No entanto, hoje, nós tivemos mais uma lembrança de que estamos em um negócio duro”, finalizou o técnico tetracampeão da NBA.
Demissão veio por outros fatores
A avaliação do desempenho de Griffin é fortemente influenciada pela campanha dos Bucks, mas, é claro, a decisão de demissão foi moldada por outros fatores. De acordo com Eric Nehm, do site The Athletic, havia uma crise de confiança interna em relação ao trabalho de Griffin. Os jogadores questionavam a qualidade do desempenho em quadra, enquanto a diretoria estava cada vez mais insegura sobre sua capacidade de liderança.
“Depois da eliminação na Copa da NBA, em dezembro, os questionamentos internos se intensificaram. O ceticismo sobre a capacidade de liderança de Adrian aumentou e, com isso, vieram fortes sinais de mudança. Os atletas começaram a questionar os esquemas do treinador nos dois lados da quadra. Passaram a duvidar, como resultado, dos planos de jogo também”, contou o jornalista.
