Morte de jogador durante partida de basquete ganha novo capítulo com grave denúncia

A morte de Carlos Augusto de Abreu enquanto jogava basquete no Ginásio Pato Preto, na zona Norte de Teresina, virou caso de denúncia por parte da comunidade em relação as condições do local, que passou por uma reforma na segunda metade deste ano. De acordo com relatos, o ginásio não dá as condições para a prática ideal do esporte.

Uma das principais reclamações por parte dos moradores é em relação a passagem de ar, que foi obstruída com a reforma. Isso aconteceu após a instalação de placar de metalon, que serviam para impedir que a bola saísse do local.

A gente vem solicitando que sejam feitas as trocas dessas placas de metalon, porque para a gente, que está realizando a prática de esportes aí, fica um ambiente insalubre. Acaba ficando um ambiente muito quente, acaba afetando a prática de esporte de toda forma. O ginásio está praticamente fechado, ele tem poucas entradas de ar“, relatou Amarildo Júnior, morador da região, em entrevista ao “ge”.

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O arquiteto Carlos Kaiser falou a respeito da importância de haver saídas de ar em qualquer construção. A situação se torna ainda mais relevante em cidades que tem o clima como o de Teresina.

“Quando temos clima seco e baixa velocidade de ventos, deve-se adotar estratégias que façam com que o ar atravesse as edificações, circule, de forma aos ambientes terem o volume de ar trocado e assim evitando o ar viciado, bem como se diminui a temperatura dos ambientes. O que aconteceu na última reforma do ginásio foi uma alteração que bloqueou a passagem do ar por dentro da edificação, o que diminui a qualidade do ar e acarreta também ao aumento da temperatura dentro do ginásio, tornando-o insalubre para o uso a que se destina“, disse também ao “ge”.

A prefeitura de Teresina afirmou, por meio de uma nota, que está ciente do problema e que vai tomar medidas para trocar as placas por telas em breve.