Técnico da NBA fala sobre apostas e revela ameaças sofridas

O técnico do Cleveland Cavaliers, JB Bickerstaff, falou abertamente sobre apostas esportivas. O profissional revelou, antes do duelo contra o Miami Heat, na última quarta-feira (20), que vem sofrendo ameaças em razão disso.

“Cara, isso é muito louco. Há pouco tempo, estava sendo ameaçado por apostadores dia sim, dia não. Não sei como aconteceu, mas conseguiram meu número de telefone e me ligavam direto. Eles falavam que sabiam qual era o meu endereço, sobre os meus filhos e queriam gerar pânico. Então, acho que é uma questão muito mais complexa do que parece. É uma linha tênue na qual estamos começando a caminhar”, disse Bickerstaff.

Ohio, estado do Cavs, é um dos que permitem a realização de apostas esportivas. Dessa forma, a NBA se torna um grande alvo por parte dos apostadores. Bickerstaff, no entanto, vê com olhos contrário a essa decisão.

“O que acho que estamos fazendo aqui é simples: pressionar ainda mais a todos. É o tipo de distração que pode ser difícil para atletas, treinadores e profissionais. Imagine ser ameaçado como eu fui. Acho que lidei bem com a situação, mas não é todo mundo que teria a mesma reação. Portanto, é importante que, além do financeiro, também estejamos atentos à segurança das pessoas. Isso pode ser muito perigoso”, acrescentou.

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O profissional também alertou para as pessoas que eventualmente se tornam ‘viciadas’ em apostas, e inclusive, deixam as contas de lado para focar apenas no jogo.

“O jogo é uma coisa complicada em si. Não estou condenando isso. Entendo que várias pessoas se divirtam e tenham isso como um hobby. Mas tem outras que não. É sério, já vi relatos de gente que deixou de pagar as contas para jogar. E é aí que acho que passa do ponto. As emoções se afloram nesse tipo de caso. Mas como eu disse antes, é uma linha tênue. Precisa ser muito bem pensado”, afirmou.

Por fim, JB Bickerstaff afirma que é difícil encontrar um equilíbrio entre diversão e lucros. Para ele, o mundo das apostas precisa de uma nova perspectiva para não haver prejudicados.

“Como eu disse, acho que é super natural que isso esteja acontecendo. As pessoas só precisam ser mais assertivas com isso. Mas não é o que acho que está acontecendo. O nosso foco é em lucrar, enquanto o deles em jogar cada vez mais. É difícil encontrar um equilíbrio assim”, disse o treinador.

“Ter que lidar com ameaças por conta disso não foi legal. Acho que passou do ponto. Mas é uma tendência já muito inevitável. No fim, espero que todos encontremos maneiras melhores de lidar com tudo isso”, finalizou.