Última rodada do Campeonato Brasileiro pode ter contado com crime gravíssimo

No clima de um dos jogos mais competitivos do Campeonato Brasileiro conhecido como NBB, o armador Mateus Buiú, que integra a equipe Cerrado, acusou o jogador argentino Nicolas Copello, do Minas, de cometer injúria racial. O acusado teria chamado Buiú de “seu negro de m…” durante a partida que aconteceu na última quarta-feira (6) e culminou na vitória apertada do Cerrado por 68 a 67.

O incidente ocorreu no calor do jogo e causou uma grande bagunça. Porém, para o desapontamento de Buiú, apesar de ter notificado os árbitros sobre o insulto, o jogo não foi interrompido. Este episódio explicita ainda mais a importância de discutir o racismo no esporte e a necessidade de mecanismos que combatam o preconceito de maneira efetiva.

A reação dos clubes e da Liga Nacional de Basquete

Após o ocorrido, tanto o Minas, equipe de Copello, como o Cerrado Basquete se posicionaram oficialmente, juntamente com a Liga Nacional de Basquete (LNB). Em uma nota divulgada, o Minas alegou repudiar qualquer forma de preconceito e se colocar à disposição para auxiliar nas investigações.

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É a primeira vez que tal acusação é registrada?

No caso de Mateus Buiú, a luta não terminou com o apito final da partida. Inconformado com a atitude, o jogador do Cerrado Basquete registrou um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Belo Horizonte. Ele pediu que o incidente fosse levado à sério, o que levou à abertura de uma investigação.

Por outro lado, a equipe Cerrado Basquete afirmou categoricamente que injúrias raciais como a que ocorreu durante o último jogo são inaceitáveis. A equipa decidiu tomar as medidas legais necessárias junto à Liga do NBB e reafirmou a sua posição contra o racismo.

Também a LNB reagiu ao caso, aplicando imediatamente as medidas previstas no seu Protocolo Antirracista do NBB. Este prevê em primeiro lugar o acolhimento do atleta, o qual foi efetuado. Após formalizar a denúncia, a Liga irá encaminhar o caso para os meios competentes de julgamento na esfera esportiva, mostrando assim seu compromisso no combate ao racismo e na construção de uma cultura inclusiva de raça, etnia, gênero, crenças religiosas e orientação sexual.